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Jogos, produtos voltados para o bem-estar e até animais de pelúcia podem ser opções estimulantes e prazerosas

Na reta final para as compras de Natal, a maioria das pessoas dedicou tempo e energia para achar um presente que coubesse no orçamento e fizesse a alegria das crianças da casa. Mas, e os idosos da família? Não me refiro a pais e avós que estão na faixa dos 60 e 70 anos, muitos em atividade, porque esses, provavelmente, são inclusive os que vão abrir a carteira para animar as festas de fim de ano. Falo de entes queridos mais velhos, talvez menos ativos e alguns enfrentando o declínio cognitivo, mas cujas vidas não se resumem a ver TV e dormir. Sim, aqueles que, invariavelmente, ganham chinelos e camisolas. Que tal pensar em lembranças que possam ser estimulantes, prazerosas e divertidas? Esses foram meus critérios para montar uma lista com produtos cujos preços não sejam exorbitantes. Que sirva de inspiração para outras ideias!

Vou começar com meu tipo de presente preferido: livros! Mesmo que o idoso não tenha o hábito de ler, um livro de fotos sobre um assunto que lhe agrade proporcionará bons momentos de lazer: com imagens da cidade ou região onde a pessoa cresceu; sobre flores e paisagens; animais; esportes; artistas ou músicos da época de sua juventude. Ainda na categoria imagens: para quem está com uma folga no orçamento, um porta-retratos digital serve para matar as saudades dos familiares, principalmente se as visitas não são constantes.

No quesito diversão, assinar um serviço de streaming na TV pode ampliar as opções de entretenimento, mas é importante checar se ele ou ela sabe lidar com os controles e os aplicativos; do contrário, talvez não aproveite o presente. Amplie o leque e pense nas lojas de brinquedos como uma alternativa e comece procurando um quebra-cabeça de peças grandes. Para os mais velhos e com menor destreza manual, as peças pequenas são incômodas de manusear. Embora os motivos infantis dominem o mercado de peças maiores, há puzzles de aves e paisagens – com 24, 60 ou 120 peças. Uma tia querida, em processo de demência, montou inúmeras vezes um quebra-cabeça de pássaros, de 36 peças, encantando-se com o resultado em todas as ocasiões.

Se o idoso tiver companhia, a variedade de escolhas aumenta: jogos da memória (com motivos que não sejam infantis), bingo, damas, dominó… Se houver a possibilidade de ser iniciado no mundo dos videogames, melhor ainda, porque embute a chance de aprofundar a convivência com os netos. Nos casos de demência avançada, acariciar animais de pelúcia ajuda a diminuir o estresse; os brinquedos capazes de algum “engajamento”, como bichinhos que miam, ronronam ou latem (sem estardalhaço) se tornam companheiros e amenizam a sensação de isolamento.

Na seção bem-estar, o cobertor ponderado, ou manta de gravidade, é mais pesado do que as cobertas comuns e funciona como aliado para um sono de boa qualidade. Pense também em almofadas de apoio para a região lombar; cremes para massagear os pés e as mãos; difusores de ambiente com aromas tranquilizantes (mas não velas aromáticas!); roupas e sapatos com velcro, fáceis de vestir e calçar; e mesmo uma escova de dentes elétrica para quem começa a ter problemas em zelar pela própria higiene. Até um calendário grande, de parede, dá uma mãozinha a quem se atrapalha com os meses e dias da semana.