Todo mundo já sabe, há muito tempo, que a prática de atividades físicas regulares ajudam em diversos fatores do dia a dia. Contudo, muitos ainda não conhecem o estudo realizado por pesquisadores da Universidade Erasmus MC em Rotterdan, na Holanda, que mostrou que os exercícios podem prevenir doenças comuns da idade adulta, como o Alzheimer. O estudo foi realizado com idosos entre 61 e 97 anos durante 14 anos. E a associação entre exercício físico e prevenção de demência foi observada nos primeiros quatro anos de seguimento.

Segundo Fernando Gomes Pinto, neurocirurgião e Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), isso é possível já que o hipocampo, estrutura cerebral responsável pela memória, recebe mais sangue oxigenado e também estímulos químicos para que novos neurônios se formem. Dessa maneira, o exercício físico favorece a manutenção da memória e previne o declínio cognitivo e as demências que podem surgir com o envelhecimento, como o Alzheimer. Além disso, quando você pratica alguma atividade física, a quantidade de endorfina liberada é maior.

“Essa substância, capaz de produzir bem-estar físico e psicológico, atua diretamente no cérebro, aumentando a capacidade de concentração, atenção e prevenção de doenças, já que favorece o aumento da performance intelectual”, salienta o médico.

Pilates é alternativa

A técnica trabalha a mente e o corpo, em conjunto, e possui como princípios básicos concentração, controle, centralização, precisão e respiração. O pilates pode melhorar a coordenação motora que vão sendo perdidos ao longo da doença do mal de Alzheimer. O método também estimula a memória, postergando a degeneração do cérebro. É um trabalho preventivo que deve ser realizado bem no começo.