De 1990 a 2015, a expectativa de vida dos brasileiros cresceu 14%, passando de 65,3 anos para 74 anos. Atualmente existem cerca de 20 milhões de pessoas idosas no país, representando 11% da população brasileira, de acordo com dados do IBGE. Com a maior longevidade da população, a tendência é que o número de pessoas acima de 60 anos continue crescendo de forma significativa nas próximas décadas.

Para (re)pensar as políticas de envelhecimento populacional, o Centro de Inovação Sesi Longevidade e Produtividade promoveu, em parceira com o Centro Multidisciplinar de Estudos e Pesquisas (Cemep), a 2ª edição do Congresso Nacional de Envelhecimento Humano (CNEH), entre os dias 22 e 24 de novembro, em Curitiba.

Os debates foram divididos em dois painéis e reuniram mais de 500 pessoas entre professores, pesquisadores e profissionais das áreas biológicas e da saúde. Além dos dados demográficos do envelhecimento no Brasil, foram discutidos assuntos como inovação e saúde, paradigmas para o desenvolvimento no envelhecimento humano, políticas públicas para a terceira idade, inclusão digital da pessoa idosa, entre outros.

O primeiro painel, intitulado “Inovação em saúde”, abordou o crescimento nos investimentos em pesquisa e em desenvolvimento, bem como os avanços na área da saúde digital. Hoje constatamos um movimento de transição, em que antigos procedimentos, por vezes morosos e burocráticos, são substituídos por tecnologias digitais que facilitam e dinamizam o trabalho na área da saúde. No Brasil, o mercado de saúde digital vem conquistando espaço desde 2015, com o surgimento de startups de saúde e com a realização de hackathons, na busca rápida de soluções de teor tecnológico para os desafios em saúde.

O tema “Desafios emergentes: longevidade, saúde e indústria 4.0” foi destaque no segundo painel. O debate ressaltou o aumento na sofisticação e na velocidade da tecnologia, que acarretam em transformações nos postos e nas condições de trabalho, no modelo de saúde implementado e, também, nas competências exigidas do trabalhador, especialmente no cenário de transição demográfica da população.

Além dos painéis, o Centro de Inovação Sesi Longevidade e Produtividade apresentou artigos e pôsteres com o tema “Longevidade no ambiente de trabalho” e promoveu o minicurso “Longevidade no contexto industrial”, por meio das facilitadoras Isabela Drago e Yara Prates Kenappe.

Participaram dos debates os profissionais Cleverson Renan da Cunha (UFPR), Ana Claudia Wanderbroocke (Tuiuti), Ivan Moraes (Hacking Health), Paulo Zélota (Renault), Priscila Tie Assahida Moreira (Sesi), Filipe Miguel Cassapo (Sesi), Emanuel Lacerda (Sesi-DN), Rosangela Fricke (Sesi) e Noélly Mercer (Sesi).