O objetivo deste artigo é fazer um levantamento da literatura sobre as condições socioeconômicas da população idosa e sobre os aspectos relacionados à atenção à saúde deste estrato etário, decorrentes do aumento da longevidade.Tendo em vista esse objetivo procurouse caracterizar o impacto demográfico do envelhecimento populacional, acarretando crescimento acentuado da longevidade e suas conseqüências sobre as condições socioeconômicas e sobre as variáveis que as compõem. O que se pôde observar nos dados constantes da literatura pesquisada é que as transições demográficas e epidemiológicas não têm sido acompanhadas de transformações socioeconômicas compatíveis com as conseqüências advindas do aumento da expectativa média de vida. Assim, o Brasil, apesar de ter uma das economias mais fortes do mundo, apresenta uma das piores distribuições de renda, sendo esta uma das maiores responsáveis pela pobreza que atinge uma parcela considerável da população idosa. Em relação ao sexo feminino, o que se observou é que as mulheres, apesar de participarem do mercado de trabalho, recebem em média, apenas 63% dos salários dos homens. Os dados mostraram também que a solidão, decorrente do maior tempo de sobrevida, a pobreza e a maior incidência de doenças nas fases avançadas da vida, constituem a tríade que justifica a expressão “feminiza- ção” da velhice. Outros aspectos abordados foram: os problemas relacionados ao crescente aumento da urbanização, observado nas últimas décadas, as dificuldades não raramente observadas na relação intergeracional e as propostas contidas na Política Nacional de Saúde do Idoso.

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