Déficit previdenciário
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Déficit previdenciário quase triplica em dez anos

Números da Secretaria do Tesouro Nacional revelam o impacto negativo crescente nas contas públicas dos gastos do governo federal para financiar o déficit dos sistemas de previdência dos trabalhadores privados (Instituto Nacional do Seguro Social – INSS) e dos servidores civís e militares.

A conta da Previdência tem um ritmo de crescimento acelerado – a população idosa está aumentando. Benefícios e aposentadorias, não só do INSS, mas também dos servidores públicos federais consomem 54% do dinheiro do Orçamento. Sem a reforma, o comprometimento do Orçamento chegará a 82% em dez anos, um desequilíbrio que se repete nos estados.

Somente nos últimos dez anos (entre 2007 e 2016), o déficit previdenciário quase triplicou; – passou de R$ 82,11 bilhões em 2007 para R$ 230,13 bilhões em 2016 (2,8 vezes mais); – os dados são nominais, sem atualização monetária.

Em 2009, por exemplo, o déficit previdenciário foi de R$ 89,86 bilhões (R$ 42,86 bilhões do INSS e R$ 47 bilhões dos sistemas próprios dos servidores civís e militares). Naquele ano, as contas do governo registraram um superávit primário (receitas com impostos superiores às despesas) de R$ 39,43 bilhões, ou seja, de menos da metade do valor do rombo previdenciário.

O resultado primário não considera os gastos com pagamento de juros da dívida pública.

No ano de 2013, o rombo previdenciário aumentou para R$ 126,84 bilhões. Dos quais R$ 49,85 bilhões referentes ao déficit do INSS; R$ 62,7 bilhões dos regimes próprios dos servidores da União. Esse rombo correspondeu a quase o dobro do superávit primário de R$ 76,99 bilhões das contas do governo naquele ano.

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse que apresentará o parecer sobre a reforma depois da Páscoa. Para o economista Paulo Tafner, a reforma já deveria ter sido feita há muito tempo. “Se isso não for feito agora será uma crise econômica de dimensões maiores do que a que a gente está vivendo hoje. Então, não temos mais tempo para adiar a reforma”, afirmou.

Foto: Arte/G1 - O déficit previdenciário quase triplicou
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